"Qual a utilidade de seu teatro?"

"Qual a utilidade de seu Teatro?" Esta pergunta feita a Eugênio Barba, citada em seu livro Além das Ilhas Flutuantes",  presente em minha mente em diversos momentos de estudo e reflexão sobre o meu trabalho como professora de teatro. Sem ser original na resposta, eu argumento: será que somente quem produz tem direito de existir? Acaso podemos medir o valor das coisas apenas avaliando resultados e lucros?e
Afinal, por que o teatro é importante? Para quem?  Apenas para atores e profissionais da área? Ou seu valor vai muito além do palco, dos espetáculos, mas para a vida, enfim, de quem faz e vive o teatro?
Pensando nisso, me vem à mente uma frase, aliás, uma resposta, de outro grande mestre: Louis Armstrong ao ser questionado sobre a essência de sua obra: " Meu filho, se você tem que me perguntar qual a essência do jazz, você não vai entender a resposta".

                                             Desenho feito pela turma 71 com giz branco.

Educação e Mudança Social

A ideia da educação como possibilidade de mudança social foi um dos motivos que me fez ingressar no magistério, pois o saber é um elemento importante neste processo. É na escola que aprendemos a viver juntos, compartilhar. Outra questão que muito tem me desafiado é como agir diante dos quadros de violência e desigualdade, grandes problemas sociais que se reproduzem nas escolas. Diante deles, culpamos as famílias, a ausência dos pais, a mídia... Certamente que nossas crianças e jovens vivenciam experiências muitas vezes difíceis e que a TV e os meios de comunicação induzem a valores nem sempre sadios e construtivos. Mas, penso que a Educação tem um poder imenso! Devemos tornar a sala de aula um espaço de diálogo no qual as crianças aprendam desde cedo acerca dos valores universais como a paz e a fraternidade, numa resposta às influências negativas.
Os alunos precisam entrar em contato com outros valores que apontem uma direção de vida. Precisam vivenciar os conceitos de ética e cidadania. Conforme nos diz Edgar Morin: " Ao invés de culpar a mídia pelo aumento da violência, devemos abastecer nossos jovens para que possam assistir a programação criticamente"

"Professora Istela, gosto muito de você! Continue espalhando a Arte pelo planeta!"
Em 2005, recebi da aluna Raquel este adorável bilhetinho.
Querida Raquel, aqui estou "espalhando Arte pelo planeta"...