Segundo o dicionário, Gratidão é uma característica ou particularidade de quem é grato. Ação de reconhecer ou prestar reconhecimento (a alguém) por uma ação e/ou benefício recebido.
Sentir-se grato traz uma sensação maravilhosa... um sentimento que inunda a alma e nos aproxima do Criador.
Hoje, acordei com este sentimento, provavelmente resultado de tantas demonstrações de carinho que recebi ontem, dia do meu aniversário!
Já disse isto algumas vezes e vou repetir: as duas melhores coisas da vida são: ser mãe e ser professora! Já "estive em crise" com minha profissão. Entretanto, hoje, não me imagino realizando outra tarefa.
Em que outra profissão você entra na sala de trabalho e encontra uma festa surpresa regada a homenagens, versos e coreografias especiais feitas pra você? E o mais importante: dezenas de braços em sua direção "brigando" porque querem ser o "próximo" a abraçá-la?
Por isso hoje, o sentimento que me invade por inteiro, é um sentimento de profunda gratidão.... e uma certeza: a de que estamos sempre, no lugar certo, no exato espaço que é para nós mesmo...
Por isso, quando aquela ideia de que "erramos o percurso" ou "ah, eu devia ter feito isto, ou aquilo", esqueça! Não se culpe pelas decisões ou pelas escolhas que teve que fazer ao longo do caminho. Tampouco lamente o que que teve que deixar para trás. Não há enganos! Creia nisso e seja grato. Grato por estar onde está! E viva intensamente suas escolhas dando o melhor de si! O que você der, vai retornar, na mesma medida!
terça-feira, 25 de novembro de 2014
domingo, 23 de novembro de 2014
"Estátuas"
"Tudo pode ser usado como uma obra de arte", dizia Marcel Duchamp. Inclusive o corpo! Com esta ideia, surgiram na segunda metade do século XX movimentos como o Happening, Performance e Body Art, onde os artistas utilizavam seu próprio corpo, associado ou não a outros elementos, a fim de realizar suas criações artísticas.
O movimento espalhou-se pelo mundo e invadindo as ruas das grandes cidades, com a interessante tarefa de "mexer" com as pessoas, provocando emoções, desacomodando os apressados transeuntes...
Estátuas, trabalho realizado por alunos da sétima série, surgiu com este objetivo. Levar a arte às ruas por onde centenas de pessoas passam diariamente a caminho do trabalho, do banco, da loja... numa correria que as impede de perceber as coisas à sua volta.
Estátuas quer roubar uns minutos do tempo de cada um... atrair os olhares, e quem sabe, mudar estes olhares!
domingo, 16 de novembro de 2014
Reflexões sobre a obra de arte - ARTE COM OBJETOS
Quando se fala em obras de arte, a grande maioria das pessoas pensa em belos quadros pintados, esculturas, peças manipuladas e transformadas pelas mãos de um artista talentoso.
Mas, será possível criar uma obra que não seja "de arte"? Este foi um questionamento feito por Marcel Duchamp em 1917. Tudo começou quando Duchamp enviou para uma exposição um urinol de louça masculino, sob o nome "A fonte". Evidentemente que a "obra" foi rejeitada pelos organizadores do evento. Mais tarde, foi revelado que tudo não passou de uma brincadeira de Duchamp e alguns amigos.
Segundo Duchamp, "tudo pode ser usado como uma obra de arte".
A partir desta ideia, os alunos da 8 série criaram suas obras a partir de objetos comuns, usados em casa. A proposta era retirar estes objetos de seu contexto, atribuindo-lhes outros significados e funções.
Mas, será possível criar uma obra que não seja "de arte"? Este foi um questionamento feito por Marcel Duchamp em 1917. Tudo começou quando Duchamp enviou para uma exposição um urinol de louça masculino, sob o nome "A fonte". Evidentemente que a "obra" foi rejeitada pelos organizadores do evento. Mais tarde, foi revelado que tudo não passou de uma brincadeira de Duchamp e alguns amigos.
Segundo Duchamp, "tudo pode ser usado como uma obra de arte".
A partir desta ideia, os alunos da 8 série criaram suas obras a partir de objetos comuns, usados em casa. A proposta era retirar estes objetos de seu contexto, atribuindo-lhes outros significados e funções.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Por que ainda precisamos do PHARMAKOS?
Na Grécia Antiga, o Pharmakos era a "vítima" do sacrifício, aquele cujo sangue deveria purificar e limpar a cidade dos seus males e crimes. Em alguns lugares, o pharmakós era apedrejado, maltratado e por fim, banido da cidade, a fim de que levasse consigo todos os males, libertando a população das consequências das suas iniquidades.
Mais tarde, substituiu-se o sacrifício humano pelo de um animal.
Na Bíblia também há relatos de purificações em que eram usados bodes, cujo sacrifício significava a absolvição do pecador.
Com o Cristianismo temos a figura de Jesus "o cordeiro que tira o pecado do mundo". Segundo a tradição cristã, Jesus morreu para nos salvar dos pecados. Iniciava-se uma nova era para a humanidade: uma era sem sacrifícios.
A humanidade evoluiu desde então. Criaram-se máquinas, inventos, remédios, vacinas... nas últimas décadas os avanços tecnológicos nos assombram e encantam!
Então, pergunto-me; por que ainda somos tão primitivos em nossos corações a ponto de ainda precisarmos de um pharmakós? Por que ainda precisamos de um bode expiatório que nos limpe dos nossos pecados?
Seria pela necessidade que temos de sempre culpar os outros por nossas quedas e tropeços? Seria auto-proteção, não querendo nos ver e perceber, uma vez que "olhar para si", "perceber-se", "enxergar-se" descortinaria algumas verdades sobre nós mesmos que evitamos saber?
Lamentável como ainda realizamos "sacrifícios". Nossa sociedade de hoje não mata ou expulsa suas "vítimas" (pharmakos) da comunidade, mas fere com palavras, comentários, participando de "fofocas", espalhando fotos e opiniões nas redes sociais, ou seja, "compartilhando"...
Um sábio na Antiguidade já disse "Conhece-te a ti mesmo". Jesus também nos indica este caminho: olhar para si, buscar dentro de nós a chave para a cura de nossos males. O dia que tivermos a coragem de trilhar este caminho, perceberemos que o "mal" encontra-se dentro de nós e cabe somente a nós a tarefa de "expulsá-lo" de lá!
Aí nossas comunidades não escolherão mais "pharmakos" a serem sacrificados por seus pecados...
Mais tarde, substituiu-se o sacrifício humano pelo de um animal.
Na Bíblia também há relatos de purificações em que eram usados bodes, cujo sacrifício significava a absolvição do pecador.
Com o Cristianismo temos a figura de Jesus "o cordeiro que tira o pecado do mundo". Segundo a tradição cristã, Jesus morreu para nos salvar dos pecados. Iniciava-se uma nova era para a humanidade: uma era sem sacrifícios.
A humanidade evoluiu desde então. Criaram-se máquinas, inventos, remédios, vacinas... nas últimas décadas os avanços tecnológicos nos assombram e encantam!
Então, pergunto-me; por que ainda somos tão primitivos em nossos corações a ponto de ainda precisarmos de um pharmakós? Por que ainda precisamos de um bode expiatório que nos limpe dos nossos pecados?
Seria pela necessidade que temos de sempre culpar os outros por nossas quedas e tropeços? Seria auto-proteção, não querendo nos ver e perceber, uma vez que "olhar para si", "perceber-se", "enxergar-se" descortinaria algumas verdades sobre nós mesmos que evitamos saber?
Lamentável como ainda realizamos "sacrifícios". Nossa sociedade de hoje não mata ou expulsa suas "vítimas" (pharmakos) da comunidade, mas fere com palavras, comentários, participando de "fofocas", espalhando fotos e opiniões nas redes sociais, ou seja, "compartilhando"...
Um sábio na Antiguidade já disse "Conhece-te a ti mesmo". Jesus também nos indica este caminho: olhar para si, buscar dentro de nós a chave para a cura de nossos males. O dia que tivermos a coragem de trilhar este caminho, perceberemos que o "mal" encontra-se dentro de nós e cabe somente a nós a tarefa de "expulsá-lo" de lá!
Aí nossas comunidades não escolherão mais "pharmakos" a serem sacrificados por seus pecados...
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